Os cistos nos ovários são formações comuns que podem surgir durante o ciclo reprodutivo feminino. Embora muitos sejam assintomáticos e desapareçam sozinhos, alguns podem causar sintomas ou complicações mais sérias. Diagnosticar e tratar o cisto no ovário de maneira adequada é essencial para evitar problemas de saúde e melhorar a qualidade de vida.
Continue a leitura para entender como ocorre o diagnóstico e quais são as principais abordagens de tratamento.
O que é um cisto no ovário?
Um cisto no ovário é uma formação em forma de bolsa que se desenvolve nos ovários. Geralmente contém líquido, mas pode apresentar outros componentes, dependendo do tipo.
Cistos funcionais: Relacionados ao ciclo menstrual, normalmente desaparecem sem intervenção.
Cistos dermoides: Contêm materiais como gordura, cabelo ou até dentes, devido à sua origem embrionária.
Cistadenomas: São preenchidos por líquido e podem crescer consideravelmente, mas geralmente são benignos.
Endometriomas: Associados à endometriose, contêm material hemático (sangue).
Embora a maioria dos cistos seja benigna e assintomática, alguns podem causar desconforto ou indicar condições mais graves, exigindo acompanhamento médico especializado.
Sintomas de um cisto no ovário
Os sinais e sintomas de um cisto no ovário podem variar conforme o tamanho, tipo e localização. Entretanto, em alguns casos, o diagnóstico ocorre de forma assintomática em exames de rotina. Os sintomas mais frequentes incluem:
- Dor abdominal ou pélvica: Geralmente mais intensa durante o ciclo menstrual.
- Inchaço ou sensação de peso no abdômen: Pode causar desconforto constante.
- Irregularidades menstruais: Menstruação atrasada, prolongada ou ausente.
- Dificuldade para urinar ou evacuar: Devido à compressão dos órgãos próximos.
- Dor durante relações sexuais: Um desconforto que pode indicar a presença de cistos maiores.
- Náuseas ou vômitos: Principalmente em casos de cistos torcidos ou rompidos.
Se houver sintomas intensos, como dor severa, febre ou tontura, é crucial buscar atendimento médico imediato para evitar complicações.
Como o cisto no ovário é diagnosticado?
O diagnóstico de cisto no ovário combina avaliação clínica e exames de imagem, garantindo uma análise precisa para determinar a natureza do cisto e o risco de complicações. A seguir, os principais métodos utilizados:
Histórico médico e exame físico
O primeiro passo é a coleta do histórico médico, onde o médico avalia os sintomas relatados, como dor ou alterações no ciclo menstrual, além de realizar um exame físico para identificar sinais de sensibilidade ou alterações na região pélvica.
Ultrassonografia transvaginal
A ultrassonografia é um exame que utiliza ondas sonoras para gerar imagens em tempo real e de alta qualidade, sem o uso de radiação ionizante. Essas imagens permitem a visualização detalhada das estruturas internas do corpo, auxiliando na detecção, diagnóstico e monitoramento de diversas doenças. Já a ultrassonografia transvaginal é o exame mais amplamente utilizado e eficaz no diagnóstico de cistos no ovário, que permite visualizar imagens detalhadas dos ovários, possibilitando a análise de:
- Tamanho: Avaliação do diâmetro do cisto.
- Conteúdo: Determinação se o cisto é sólido, líquido ou misto.
- Forma: Identificação de contornos irregulares que possam sugerir malignidade.
Geralmente não requer preparo, mas pode ser solicitado esvaziar a bexiga antes do exame. O exame dura em média 10 a 20 minutos e pode causar leve desconforto, mas não é doloroso.
Classificação O-RADS
A classificação O-RADS (Ovarian-Adnexal Reporting and Data System) é aplicada nesse exame para determinar o risco de malignidade. Cada cisto é classificado em uma escala de risco, variando de 0 (sem risco) a 5 (alto risco), orientando o médico sobre a necessidade de acompanhamento ou intervenção.
O-RADS 0: Exame incompleto ou inconclusivo.
O-RADS 1: Cistos benignos sem risco.
O-RADS 2: Risco mínimo de malignidade (<1%).
O-RADS 3: Risco moderado de malignidade (5-10%).
O-RADS 4-5: Alto risco de malignidade (>50%).
Essa classificação orienta a conduta médica, como necessidade de acompanhamento ou intervenção imediata.
Exames de sangue
Exames laboratoriais, como o marcador tumoral CA-125, podem ser solicitados em casos específicos, especialmente quando há suspeita de malignidade. Este marcador ajuda a diferenciar cistos benignos de possíveis tumores malignos.
Tomografia computadorizada (TC)
A TC não é indicada para avaliação ou controle evolutivo de cistos ovarianos identificados por outro método devido sua limitada capacidade de demonstrar suas características. Muitas vezes, os cistos ovarianos são identificados no exame de TC realizado por dores abdominais ou por outros motivos, sendo necessário realização complementar de exame de ultrassonografia ou ressonância magnética.
A TC é indicada em casos mais complexos quando há suspeita de que o cisto esteja associado a neoplasia ou outras alterações no abdômen ou pelve. O exame fornece imagens em alta resolução, permitindo uma avaliação detalhada das estruturas adjacentes, ou seja, detecta a relação do cisto com outros órgãos, como intestinos ou bexiga.
O exame pode incluir jejum e uso de contraste intravenoso para melhorar a definição das imagens. Durando em média 10 minutos.
Embora a TC não seja diretamente ligada ao O-RADS, ela é utilizada para complementar a ultrassonografia transvaginal em casos duvidosos, fornecendo uma visão ampliada e detalhada.
Ressonância magnética (RM)
A RM é utilizada para complementar a ultrassonografia em situações de maior complexidade. Este exame oferece imagens de alta precisão, especialmente úteis para diferenciar cistos benignos de malignos.
Geralmente a ressonância magnética requer jejum de no mínimo 2 horas e alguns preparos específicos como uso de laxantes. Dura em média entre 30 minutos. E durante o procedimento o paciente deve permanecer imóvel, podendo ouvir ruídos do equipamento, que são amenizados com protetores auriculares.
O que avalia:
- Composição do cisto: diferencia líquidos de alta densidade, tecidos sólidos e hemorrágicos.
- Invasão tissular: identifica se o cisto invade estruturas próximas.
- Relação com as estruturas: cistos grandes podem comprimir algumas estruturas.
Além disso, a RM é frequentemente associada à classificação O-RADS para refinar a análise do risco de malignidade. Pode também identificar características adicionais, como septos espessos ou papilas, que podem aumentar o risco de malignidade. E ainda complementar o Doppler da ultrassonografia para análise de vascularização suspeita.
Benefícios dos exames de imagem avançados
- Precisão diagnóstica: Imagens detalhadas ajudam a identificar características específicas dos cistos.
- Avaliação de malignidade: Exames como RM e ultrassonografia, aliados ao O-RADS, aumentam a confiabilidade no diagnóstico.
- Segurança: Protocolos modernos garantem exames rápidos.
Com o uso combinado de tecnologia avançada e métodos clínicos, é possível identificar cistos no ovário de forma segura e eficiente, promovendo um tratamento adequado e direcionado.
Diagnóstico no Centro Radiológico
No Centro Radiológico, há um Núcleo Especializado em Imagem da Mulher, que oferece atendimento completo e personalizado às pacientes:
- Profissionais especialistas
- Protocolos específicos e personalizados
- Exames integrados em um único local
- Equipamentos modernos e tecnológicos
Essa infraestrutura avançada, aliada à expertise do corpo clínico, possibilita um diagnóstico ágil, seguro e humanizado, contribuindo para o melhor cuidado e acompanhamento das pacientes com cistos no ovário.
Tratamentos para cisto no ovário
O tratamento de um cisto no ovário é definido com base no tipo, tamanho, sintomas apresentados e risco de complicações. A abordagem é personalizada e pode variar entre monitoramento, medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.
Observação e monitoramento
Cistos pequenos e assintomáticos geralmente não requerem intervenção imediata. Nesses casos, o médico pode optar por um acompanhamento periódico com ultrassonografias, para monitorar possíveis alterações no tamanho ou características do cisto.
Frequência do acompanhamento: Normalmente, exames são realizados a cada 6 a 12 semanas.
Objetivo: Identificar cistos que regridem espontaneamente, comum em cistos funcionais.
Medicamentos
Medicações podem ser indicadas para controle dos sintomas e prevenção de novos cistos:
Anticoncepcionais hormonais: Utilizados para regular o ciclo menstrual e reduzir a recorrência de cistos ovulatórios.
Analgésicos: Alívio da dor e desconforto pélvico em casos sintomáticos. Exemplos incluem anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
Medicamentos específicos: Em casos mais raros, tratamentos hormonais direcionados podem ser prescritos para condições associadas, como endometriose.
3. Cirurgia
A intervenção cirúrgica é considerada para cistos que apresentam características específicas, como tamanho significativo, persistência após o monitoramento ou suspeita de malignidade.
O manejo adequado dos cistos no ovário é essencial para garantir o bem-estar da paciente e prevenir complicações. A escolha do tratamento deve ser feita em conjunto com um especialista, considerando as características individuais de cada caso.
Perguntas frequentes
O que é um cisto no ovário?
Um cisto no ovário é uma bolsa cheia de líquido que se forma dentro ou sobre o ovário. Ele pode ser funcional, ligado ao ciclo menstrual, ou patológico, associado a condições como endometriose.
O que um cisto no ovário pode causar?
Cistos no ovário podem causar dor pélvica, ciclos menstruais irregulares, inchaço abdominal e, em casos mais graves, ruptura ou torção ovariana, que exigem atenção médica.
É perigoso o cisto no ovário?
A maioria dos cistos é benigna e desaparece sozinha, mas alguns podem causar complicações, como ruptura, torção ou serem malignos, exigindo avaliação médica detalhada.
Como tirar o cisto do ovário?
A remoção de um cisto pode ser feita por laparoscopia ou cirurgia aberta, dependendo do tamanho, tipo e risco associado. O médico decide o melhor procedimento.
Quando o cisto no ovário deve ser operado?
A cirurgia é indicada quando o cisto é grande, persistente, causa sintomas graves, tem risco de malignidade ou apresenta complicações, como torção ou ruptura.
Cisto no ovário é grave?
A maioria dos cistos no ovário é benigna e desaparece sem tratamento. No entanto, cistos grandes, persistentes ou com suspeita de malignidade podem requerer atenção médica.
Como é feito o diagnóstico de um cisto no ovário?
O diagnóstico é realizado por meio de exames como ultrassonografia transvaginal, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), além da avaliação clínica e histórico médico.
O cisto no ovário pode virar câncer?
Embora raro, alguns cistos podem apresentar risco de malignidade. Exames como ultrassonografia com classificação O-RADS ajudam a avaliar o risco.
Excelência em diagnóstico por imagem | Centro Radiológico
O diagnóstico e tratamento do cisto no ovário são etapas fundamentais para preservar a saúde feminina. Com tecnologias avançadas, como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, é possível identificar o problema de forma precisa e adotar a melhor abordagem terapêutica. Para garantir o cuidado adequado, mantenha consultas regulares com seu médico e esteja atenta aos sinais do corpo.
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