Endometriose é uma doença ginecológica inflamatória crônica, provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) fora da cavidade uterina. A prevalência da endometriose é em torno de 10% da população geral e dados da literatura mais recente apontam uma prevalência de 5% a 10% em mulheres na idade fértil.
A endometriose tem três apresentações distintas sob o aspecto clínico e de imagem: Superficial, Ovariana e Profunda. Os sintomas podem ser inespecíficos e o exame clínico apresenta limitações para estabelecer a extensão das lesões de endometriose, tornando necessária a utilização de exames de imagem para auxiliar no diagnóstico e estadiamento da doença. O ultrassom transvaginal e a ressonância magnética (RM) são os melhores métodos de imagem para essa avaliação.
A Ressonância Magnética fornece uma avaliação abrangente da pelve, excelente resolução anatômica e espacial, que permite detectar a maioria das lesões de endometriose profunda com alta acurácia.
O exame de RM direcionado para avaliação da endometriose deve ser realizado com um protocolo específico:
• preparo intestinal – geralmente o uso de laxante via oral (na véspera do exame) e dieta pobre em resíduo nas 24 horas que o antecedem;
• distensão vaginal com gel para avaliar com detalhes se há comprometimento da parede vaginal (em pacientes virgens não se aplica gel vaginal);
• antiespasmódico endovenoso, utilizado como rotina nos exames de avaliação do abdomen para reduzir o peristaltismo, que pode causar artefatos nas imagens.
Para um exame adequado e de alta acurácia diagnóstica, são necessários protocolos especializados e profissionais treinados para avaliar essa doença complexa. O diagnóstico correto propicia discutir e decidir o tratamento entre o médico e a paciente.
O diagnóstico da endometriose e a decisão sobre o tipo de tratamento a ser implementado, dependem dos sintomas, do exame físico e dos exames de imagem.
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